Resumo do texto estudado no 3º ano

A proposta do texto é expor de forma simples a participação do individuo no campo da política, abordando, de inicio, as diversas formas que podem ter um Estado. De uma forma em geral, o texto nos propõe a perceber de que forma se constitui os diversos poderes, desse modo, passa-se a compreender como e porque a política foi tão importante na vida dos gregos, pois, é por meio dela que se percebe a exclusão do poder pelos sacerdotes, retirando o poder das mãos dos deuses e passando-a para as mãos dos homens.


Em primeiro lugar, o texto nos apresenta a etimologia da política, em seguida nos apresenta as diversas formas de poderes, como também, a distinção entre poder e autoridade sobre um caráter espiritual, neste caso, um poder teocrático e o poder e autoridade em caráter racional, neste caso, podemos conceber como democrático, o qual nasce juntamente com a política.


O texto também nos apresenta as principais características da política e, logo em seguida, os introduz na visão aristotélica de política.


Em primeiro lugar, Aristóteles vai nos apresentar a participação do individuo no campo político, pois, segundo Aristóteles “Quem não pode fazer parte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-se a si mesmo, não é parte de uma cidade, mas é fera ou deus”, esta visão aristotélica do homem, nos remete claramente a compreensão de que o homem em sua essência é um ser político. Mas devemos ficar muito atentos para o conceito de cidadão ao qual Aristóteles se refere, isto é, segundo Aristóteles, nem todos que vivem na mesma cidade poderão ser considerados cidadãos, desse modo, deve-se procurar compreender que a ideia defendida por Aristóteles acerca da política, nos apresenta uma justificativa para que seja aceita a escravidão. E sobre esse ponto de vista Aristóteles afirma, “Todos os homens que diferem de seus semelhantes tanto quanto a alma difere do corpo e o homem da fera (e estão nessa condição aqueles cujos encargos implicam no uso do corpo, que é aquilo que eles têm de melhor) são escravos por natureza e, para eles, o melhor partido é submeter-se à autoridade de alguém. (...) É escravo por natureza quem pertence a alguém em potência (e, por isso, torna-se posse de alguém em ato)”. Não podemos esquecer que, todos os homens em ato nascem livres, mas em potência tornam-se escravos.


A seguir o texto nos apresenta a definição de Aristóteles acerca das formas do Estado, desse modo, devemos prestar muita atenção acerca da construção lógica em que Aristóteles define tais formas de Estado, pois, como foi apresentado em aula, espero ter ficado clara a ideia formulada por Aristóteles, a qual não darei mais detalhes.


Na parte onde Aristóteles descreve seu ponto de vista sobre o Estado ideal, deve-se prestar muita atenção entre o conceito de “ideal” e o conceito de “real” os quais não destacarei aqui, pois, já foi dito em aula.


Sobre a seguinte frase “é preciso escolher a guerra tendo por objetivo a paz, o trabalho tendo por objetivo a libertação em relação a ele, as coisas necessárias e úteis para poder alcançar as coisas belas.”, devemos observar a visão de Aristóteles sobre “os fins justificam os meios” o qual se apresentará em Maquiavel. 


Maquiavel ao contrário do que vemos em Aristóteles vai descrever como o Estado é e não como deveria ser, dessa forma, Maquiavel sai do conceito de “ideal” entrando no conceito de “real”. 


Maquiavel se torna alvo de uma não compreensão da sua apresentação de como o Estado realmente é, dessa forma, o termo maquiavélico nos é apresentado da seguinte forma, “Em qualquer de suas acepções está associado a ideia de perfídia (Deslealdade, traição, infidelidade), a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro”. Bem, para Maquiavel não interessava como o Estado deveria ser, mas como o Estado é, desse modo, Maquiavel vai rejeitar as teorias de Platão, Aristóteles e outros acerca do Estado. Esta é a sua regra metodológica: ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que fosse.

A observação de Maquiavel acerca da historia da política o leva a seguinte conclusão: “A ordem, produto necessário da política, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto é, a ameaça de que seja desfeita”.


O texto nos apresenta o homem como algo que precisa ser controlado, pois, em sua natureza ele é maligno, onde, segundo o texto, existem duas classes de homens, os que dominam e os que são dominados, isto não quer dizer que essa relação seja passiva, muito pelo contrário, essa relação é uma constante luta dos que querem dominar com os que não aceitam serem dominados. 


De uma forma geral, a proposta de Maquiavel é encontrar o equilíbrio para essa relação de forças, assim, Maquiavel justifica a existência do Príncipe, onde se afirma: “O príncipe não é um ditador; é, mais propriamente, um fundador do Estado, um agente da transição numa fase em que a nação se acha ameaçada de decomposição. Quando, ao contrário, a sociedade já encontrou formas de equilíbrio, o poder político cumpriu sua função regeneradora e “educadora”, ela está preparada para a república.”






Obs. Isto não significa que não devam ler o texto, esse resumo é apenas um apanhado geral.